Letras nos atacadores
A Flor é a mais velha de nós os sete. Tem sete anos. Por isso e por ser muito corajosa, podemos ir para a escola com ela. Não tem medo do escuro nem dos espíritos que dizem aparecer às seis da manhã. Acho que também é por gostar de calçar os sapatos e de vestir a roupa de levar para a escola...
“Letras nos atacadores” é um álbum doce e intimista, onde, em tom diarístico, se evoca a infância, a escola e o contacto inicial com os livros, a porta para o saber ou o passaporte para outros mundos imaginários:
“A Flor já sabe ler, diz que as letras, que a mim me parecem desenhos muito difíceis de entender e de juntar, são contadoras de coisas e que, quando aprendemos a ler, é como se nos contassem histórias.”
Cristina Falcón descreve a experiência de uma família numerosa e humilde em que a irmã mais velha e a avó se ocupam do lar na ausência da mãe. O intenso carinho, quando do reencontro com a figura materna aos domingos; as sensações díspares de fruição ou não a nível escolar, e a maturidade precoce das crianças em épocas material mas não afetivamente mais desfavorecidas, marcam esta narrativa, emotiva e sentimental, que faz agitar a memória.
As ilustrações, subtis e delicadas, de Marina Marcolin, têm o tom ocre e antigo das recordações. Combinam cenas familiares realistas de grande beleza com imagens simbólicas e sugestivas, onde as letras do abecedário funcionam como fio condutor.
■ Temática: a família, a escola, a infância.
■ Idade recomendada: a partir dos 7 anos.
■ Aspetos a destacar: as recordações, a memória infantil; ilustrações realistas combinadas com imagens simbólicas; matriarcado, relações entre irmãos, convivência intergeracional.
Encadernado em capa dura. 26,5 x 21 cm. 32 pág.
ISBN 978-989-8205-77-3. Livros para sonhar.
Marca | Kalandraka Editora |
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